Cotia: Mergulhadores profissionais tiram o lixo acumulado na Guarapiranga

A Represa Guarapiranga é o último destino do flutuador, que está, desde novembro, analisando a situação dos reservatórios da Grande São Paulo. A expedição no reservatório começa nesta quinta-feira (13).

Um dos principais problemas da Guarapiranga é o lixo e o esgoto e, para amenizar a sujeira, mergulhadores profissionais têm que tirar o lixo acumulado no fundo, a 11 metros de profundidade.

A cada dois meses eles têm essa missão: limpar a Guarapiranga e garantir o abastecimento de quase 4 milhões de pessoas. Sacolas, latinhas de alumínio e garrafas pet são materiais que entopem o cano de captação da grande caixa d’água.

Em 2010, a Sabesp recolheu 60 toneladas de lixo do fundo e das margens da represa. “Tudo o que acontece na bacia, ocupação inadequada, lixo que é jogado, quando chove acaba tudo chegando na Guarapiranga”, explica o superintendente de Produção de Água da Sabesp, Hélio Castro.



Esgoto
Um milhão de pessoas moram na área de manancial da Guarapiranga. Delas, 400 mil não têm coleta de esgoto. “Toda essa malha de rios que estão dentro dessa bacia hidrográfica corre dentro da represa. Então a água já chega toda poluída que vai cair no esgoto in natura e depois encontra com outros rios e cai dentro da represa”, diz o geógrafo Cléber Moreira.

Da represa saem 14 mil litros, a cada segundo, para 3,8 milhões de pessoas da Zona Sul da capital, de Embu das Artes, Taboão da Serra e também de Cotia, na Grande São Paulo.

Lazer
Para muitos, a Guarapiranga é sinônimo de lazer e prática de esporte. O maior ídolo da vela no Brasil começou no reservatório aos 9 anos de idade. Robert Scheidt se tornou íntimo da vela, da represa e ainda um dos maiores atletas olímpicos do país. “A Represa da Guarapiranga sempre foi um dos principais centros de formação de velejadores do Brasil. Tem vários clubes de vela, é um local onde o regime de vento é muito bom e está próximo da cidade. Então, para praticar o iatismo, é um dos melhores lugares de São Paulo”, afirma Richard Andersen, coordenador do curso.





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