O governador de São Paulo, Alberto Goldman, enviou na quinta-feira ofício ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, cobrando resposta sobre o pedido de concessão do terceiro aeroporto de São Paulo,q eu será construído na região Metropolitana de São Paulo.
No documento, o governador solicita que o ministro responda “o mais breve possível” solicitação feita no dia 22 de junho deste ano. Nesta solicitação, o governador requereu o direito de construir e operar um novo aeroporto em São Paulo que minimize o problema do excesso do tráfego aéreo em Congonhas e Cumbica.
A proposta de construir um novo aeroporto na região é discutida desde 2007 pelo governo federal, que ainda não chegou a uma decisão sobre o assunto. Desde que assumiu o comando do Palácio dos Bandeirantes em abril deste ano, Goldman vem defendendo a concessão ao governo estadual da nova estrutura aeroportuária, o que deve continuar sendo feito por seu sucessor Geraldo Alckmin que assume o governo a partir de 1º de janeiro de 2011.
Goldman diz que já tem estudo pronto e local onde a estrutura será erguida, nas imediações da capital. O local é mantido em sigilo para evitar especulações.
No início de 2008, uma matéria publicada no jornal “O Estado de São Paulo chegou a mencionar que Cotia estaria entre as cidades escolhidas para abrigar o terceiro aeroporto da Grande São Paulo e que havia ainda a possibilidade de se aproveitar um antigo projeto de aeroporto na região de Caucaia do Alto, que afetaria parte da Reserva Florestal do Morro Grande.
Com a chegada do Aeroporto, a cidade receberia ainda uma linha de metrô ao longo da Raposo Tavares para ligar o novo aeroporto à Estação Butantã. (A discussão sobre o Metrô continua forte e cada vez mais próxima da realidade).
De lá para cá muitas especulações giraram em torno do assunto embora nunca tenha havido nenhuma confirmação da Anac – Agência Nacional de Aviação sobre o verdadeiro local. Além de Cotia, Itapecerica da Serra, Franco da Rocha, Ferraz de Vasconcelos, Mogi das Cruzes e Jundiaí também estavam na lista. A certeza, era de que terceiro aeroporto ficaria num raio de entre 30 e 70 km de Congonhas, onde está o aeroporto de São Paulo.
Em outubro do ano passado, uma publicação no Diário Oficial da União anunciou a criação do aeroporto, que foi inserido no Plano Nacional de Desestatização (PND) e integraria os sistemas aeroportuário paulistano e nacional.
A dimensão do negócio mexeu com imaginário dos 39 municípios da grande São Paulo, sobretudo devido ao grande volume de investimentos que a cidade contemplada e a região receberia. Alguns prefeitos desses municípios já teriam, inclusive, encomendado estudos de viabilidade do projeto. O prefeito de Cotia na época, Quinzinho Pedroso, se posicionou contra a construção do aeroporto na cidade e disse que se fosse o caso iria à Justiça para impedir a obra. O tema dividiu opiniões e gerou muita polêmica na cidade.